ESCRITA ORIGINAL MANTIDA, SEM CORREÇÕES
3. Sobre sua formação como capoeirista
"Eu ti digo, comecei a educar-me nesse jogo, por força de vontade, e não foi com trez meses, ou com menos, porque o tempo é muito pouco, poristo é que eu pinoteio, salto, tenho agilidade, tenho manhas, jogo no corpo, dibre para me livra do agressor, sirvo-me dos pés, da cabeça ..."
"Em cada Districtos tinha um mestre para ensinar e nos dias de festa, era de regras, prestar contas, mostra os alunos, mostra coisa nova, truques, inrêdos, enprovisado, e o mestre em geral, classificavam com uma argola, era o premio, era de grande valor, prova de mericimento... "
"E o meu mestre bôm, eu aprendi na rua da laranjeiro, e lesionei na rua Sta. Izabel em 1910 a 1912, quando eu abandonei a capoeira, e voltei, em 1941, para organizar o Centro de capoeira o 1o na Bahia. Na escola de Aprendiz Marinheiro da Bahia eu era o 110, e lecionei os meus camaradas de 1902 a 1909,..."
"Com fé e coragem para ensinar a mosidade do futuro estou apena zelando para esta maravilhosa luta que é deixa de erança adequirida da dança primitiva dos caboclos, do batuque, e candobré originada pelos africanos de Angola ou Gejes; muitos adimira essa belissima luta quando os dois camaradas joga sem egoismo, sem vaidade; é maravilhosima, e educada."
Fontes:
Angelo A. Decanio Filho. Manuscritos e desenhos de Mestre Pastinha.
Angelo A. Decanio Filho. A herança de Pastinha. 2 ed. 1997.